quarta-feira, janeiro 31, 2007

O CORPO

O "padrão do corpo", a " respiração" e a "energia do corpo sutil" estão entreligados com os quatro centros do corpo- a cabeça, a garganta, o coração e o umbigo.
O "corpo" está ligado com o centro do umbigo, a "respiração" com o centro da garganta, e a "mente" com o centro da cabeça. O corpo, a respiração e a mente estão todos juntos e interligados no coração.
Cada um dos centros do corpo funciona em muitos níveis. Nas ocasiões em que o nosso coração está aberto e nossa mente não se acha apenas envolvida num processo intelectual, nossa energia se desloca para os níveis mais profundos e, gradualmente, para a percepção intrínseca- para um estado de equilíbrio que é uma das mais altas experiências humanas. Essa percepção é sentida não só no coração, mas também na mente.
Cada centro do corpo é capaz de vibrar com energia positiva, como, por exemplo, a afabilidade, o amor e a compaixão. Cada centro é também capaz de provocar um desasossego muito deprimente e confuso, ou uma estagnação.
Quando os três elementos ou energias atravessam os centros, produzem-se certas condições ou atitudes- moléstias físicas, bloqueios mentais, distúrbios emocionais... ou sensações de leveza, radiância e abertura total. Os padrões básicos do nosso funcionamento físico determinam o modo com que a energia flui por meio desses centros sutilíssimos e são por ela determinados. Toda vez que estamos doentes, desequilibrados ou acossados por sentimentos negativos, estes são sempre indicados pelo padrão, pelo movimento e pela essência da energia no interior do corpo. Por conseguinte, para ser saudáveis, devemos aprender como equilibrar o nosso corpo, a nossa respiração e a nossa mente.
Podemos equilibrar-nos e ajudar a curar-nos pela concentração em várias partes do nosso corpo. Essas práticas de concentração são simples, porém bem específicas. Quando nosso corpo não está equilibrado ou a nossa energia física está sendo bloqueada, quando estamos doentes ou com medo, convém que nos concentremos no estômago, num ponto que se situa abaixo do umbigo.
Quando nos estivermos sentindo sós, separados das outras pessoas, ou quando desejamos desenvolver compaixão ou alegria, podemos concentrar-nos no centro do coração. Para desenvolver o queilíbrio emocional ou superar o nervosismo, os desejos ou as insatisfações, precisamos concentrar-nos no centro da garganta. E, visto que os centros estão interligados uns aos outros, quanto mais nos concentramos na garganta, tanto mais o coração se tornará equilibrado.
Quando a nossa percepçãp mental ou a nossa consciência não é forte nem bem focalizada, quando nos sentimos imersos em devaneios, perdidos ou presos pela mente dualística, precisamos concentrar-nos no topo da cabeça ou no ponto da testa entre os olhos. Se desejarmos desenvolver a generosidade ou a lucidez mental, convém quenos concentremos no centro da cabeça.
Visto que o corpo, a respiração e a mente se equilibram todos no centro do coração, é ali que devemos desenvolver uma abertura maior. Basicamente, se o centro do coração se torna mais aberto, é muito fácil para o corpo e a mente funcionarem bem juntos e se suportarem e apreciarem mutuamente.
Quando focalizamos áreas específicas do corpo, podemos examinar os diferentes sentimentos ou tons que surgem, e podemos ver qual é a área mais forte e qual a mais fraca. Isso nos ajudará a determinar a forma de trabalhar com a a nossa energia. Quando, por exemplo, uma área está muito apertada ou comprimida, podemos focalizar ali a nossa energia e tentar relaxar-nos e afrouxar a tensão. Ou, se outra área estiver particularmente ativa ou muito monótina, podemos trabalhar para afastar dessa área a energia ou para levá-la até lá. Podemos trabalhar com essa energia de muitas maneiras, mas isso já dever dar uma idéia do que está envolvido.
Em vários momentos, os exercícios físicos pdoem ajudar a equilibrar e a revitalizar corpo, respiração e mente; mas se esses exercícios forem feitos de maneira apenas mecânica, ou se nos deixarmos fascinar por determinado método, nossa abertura e nosso crescimento poderão correr o riscod de um estreitamento de oportunidades e perspectiva. Além disso,nem todas as técnicas são apropriadas a todos, de modo que é importante ter uma orientação adequada na escolha dosmelhores métodos para praticar e do tempo em que esses exercícios devem ser praticados.
"Essas práticas e exercícios são úteis para integrar-nos e para desenvolver a percepação superior. Ajudam a liberar um fluxo de energia por meio do nosso corpo; essa energia enriquece os nossos sentidos, acalma a nossa mente inquieta e nos proporciona paz e equilíbrio."
( Texto extraído como estudos científicos, UFSC, 2005)