A HORA É CHEGADA.
Se você quiser, pode ficar onde está e como está a perder tempo.
Se você quiser, pode continuar inconsciente e sem rumo, sem rota, sem objetivo, perdendo tempo e perdendo-se dentro do tempo.
O homem desperto, graças a longas experiências decisivas, já elegeu seu rumo e está irreversivelmente a caminho.
A viagem redentora é na direção de dentro, dentro de nós. Ali se encontra o Senhor, o próprio Brahma, Ser Absoluto.
Yoga é o rompimento de grilhões, de condicionamentos e de dependência. É libertação.
Yoga é vitória sobre as trevas. É iluminação.
Yoga é o reencontro com o Ser - Verdade. É divinização.
Yoga é esforço, luta e vitória.
É o partir, o caminhar e o chegar.
Há modos diferentes para vencer distâncias, na estrada para Deus.
Se o que nos mais afasta de Deus e nos vincula ao mundo é o nosso próprio imperfeito amar, é a nossa incapacidade para o verdadeiro amor, o nosso caminhar tem de ser não contra o mundo, mas a favor de Deus. Serão a universalização e a divinização de nosso amor que poderão cortar a amarras de servidão e dar-nos, na unificação com o Deus que amamos a libertação salvadora. A isto se chama Bhakti Yoga.
Se o que nos tem frustrado a sede de felicidade e nos tem amargurado e retido é nosso agir egoístico e alienante, nosso caminhar consistirá em divinizar nossa atuação no mundo de Deus, e, assim, unir-nos ao Deus do mundo. A isto se chama Karma Yoga.
Se o que nos empobrece e amesquinha é a ilusão de sermos Antideus, padecendo uma distância frustradora imensa, nosso caminhar precisa ser ao rumo da sabedoria, buscando a “verdade que liberta”. A isto se chama Jñana Yoga.
De um lado, o mau humor, a má ação e o mau conhecimento nos fazem egoístas e sofredores. De outro, o Yoga, como processo integral de divinização do amar, do atuar e do conhecer, é caminho redentor.
Não é exatamente isto o que Cristo ensinou, exemplificando?
Ele insistiu: “Amai a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a vós mesmos”.
Ele nos prometeu: “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”.
Ele determinou: “Aquilo que quereis que vos façam, fazei vós aos outros”.
Ele nos acordou com benditos açoites de Sua Verdade. Desafiou-nos a “tomar a cruz” e a segui-Lo. Foi-nos exemplo perfeito de discernimento (viveka), de desapego (vairagya), de devoção-amor (Bhakti), de ação perfeita (karman), de sabedoria (jñana), de bravura e resignação (tapas), de auto-entrega ao Pai (Isvarapranidhana)...
Eis por que peço a Jesus, o Cristo, que me torne como um shela, que seja meu divino Guru.
Vamos, você e eu, realizar o Yoga que o Cristo sempre foi e jamais deixará de ser?
Vamos pedir aos grandes sábios e aos santos da Índia que nos elucidem sobre o que ainda não percebemos perfeitamente na imortal mensagem cósmica de Jesus?
Vamos pedir que Jesus, que nós dá amor, nos ajude a entender Krishna, Buda e todos os outros que também ensinaram?
Vamos romper barreiras e realizar uma vida ecumênica, no bendito redil do Pastor?
Vamos amigos, aprender e praticar, até chegar ao Nirvana e podermos dizer: “Eu e Pai somos Um!”.
(Do livro “Yoga, Caminho para Deus”, Ed. Nova Era. Autor: Hermógenes).