sábado, setembro 28, 2013

A ARMADILHA DA AUTOSSABOTAGEM


Há momentos na vida que reconhecemos que estamos prontos para dar um novo salto, para efetivar uma mudança profunda. Nos lançamos num novo empreendimento, numa nova relação afetiva, mudamos de cidade e até mesmo de apelido.
Mas, aos poucos, nós nos pegamos fazendo os mesmos erros de nossa "vida passada". É como se tivéssemos dado um grande salto para cair no mesmo buraco.
Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Nos autossabotamos. Isso ocorre porque, apesar de queremos mudar nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar! Em nosso íntimo, escutamos e obedecemos sem nos darmos conta, ordens de nosso inconsciente geradas por frases que escutamos inúmeras vezes quando ainda éramos crianças.
Toda família tem as suas. Por exemplo: "Não fale com estranhos" é uma clássica. Como a nossa mente foi programada para não falar com estranhos, cada vez que conhecemos uma nova pessoa nos sentimos ameaçados. Uma parte de nosso cérebro nos diz "abra-se" e a outra adverte "cuidado".
Num primeiro momento, o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos em novas experiências e estamos dispostos a enfrentar os preconceitos. No entanto, quando surgem as primeiras dificuldades que fazem com que nos sintamos incapazes de lidar com esse novo empreendimento, percebemos em nós a presença desta parte inconsciente que discordava que nos arriscássemos em mudar de atitude: "Bem que eu já sabia que falar com estranhos era perigoso".
Cada vez que desconfiamos de nossa capacidade de superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior que bloqueia nossas emoções e nos paralisa. Muitas vezes, o medo da mudança é maior que a força para mudar. Por isso, enquanto nos auto-iludimos com soluções irreais e tivermos resistência em rever nossos erros e aprender com eles, estaremos bloqueados.
Desta forma, a preguiça e o orgulho serão expressões de autossabotagem, isto é, de medo de mudar. Dificilmente percebemos que nos autossabotamos. Nós nos auto-iludimos quando não lidamos diretamente com nosso problema raiz. A auto-ilusão é um jogo da mente que busca uma solução imediata para um conflito, ou seja, um modo de se adaptar a uma situação dolorosa, porém que não represente uma mudança ameaçadora. Por exemplo, se durante a infância absorvemos a idéia de que de ser rico é ser invejado e assim menos amado, cada vez que tivermos a possibilidade de ampliar nosso patrimônio nós nos sentiremos ameaçados!
Então, passaremos a criar dívidas, comprando além de nossas possibilidades, para nos sentirmos ricos, porém os problemas já conhecidos de ser pobres.
Não é fácil perceber que a traição começa em nós mesmos, pois nem nos damos conta de que estamos nos autossabotando! Na auto-ilusão, tudo parece perfeito. Atribuímos ao tempo e aos outros a solução mágica de nossos problemas: com o tempo a dor de uma perda passará; seu amado irá se arrepender de ter deixado você e voltará para seus braços como se nada houvesse ocorrido.
No entanto, só quando passarmos a ter consciência de nossos erros é que não seremos mais vítimas deles! Temos uma imagem idealizada de nós mesmos, que nos impede de sermos verdadeiros. Produzimos muitas ilusões a partir desta idealização.
Muitas vezes, dizemos o que não sentimos de verdade. Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos! Muitas vezes não queremos pensar naquilo que sentimos, pois, em geral, temos dificuldade para lidar com nossos sentimentos sem julgá-los.
Sermos abertos para com nossos sentimentos demanda sinceridade e compaixão. Reconhecer que não estamos sentindo o que deveríamos sentir ou gostaríamos de estar sentindo é um desafio para conosco mesmos.
Algumas de nossas auto-imagens não querem ser vistas! É nossa auto-imagem que gera sentimentos e pensamentos em nosso íntimo. Podemos nos exercitar para identificá-la. Mas este não é um exercício fácil, pois resistimos em olhar nosso lado sombrio.
No entanto, uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossa parte sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter sua ação. Portanto, é a nossa auto-imagem que dita nosso destino.
O mestre do budismo tibetano Tarthang Tulku, escreve em seu livro "The Self-Image" (Ed. Crystal Mirror):
"A auto-imagem não é permanente. De fato, o sentimento em si existe, no entanto o seu poder de sustentação será totalmente perdido assim que você perder o interesse por alimentar a auto-imagem. Nesse instante, você pode ter uma experiência inteiramente diferente da que você julgou possível naquele estado anterior de dor.
É tão fácil deixar a auto-imagem se perpetuar, dominar toda a sua vida e criar um estado de coisas desequilibrado... Como podemos nos envolver menos com nossa auto-imagem e nos tornar flexíveis?
Somos seres humanos, não animais, e não precisamos viver como se estivéssemos enjaulados ou em cativeiro. No nível atual, antes de começarmos a meditar sobre a auto-imagem, não percebemos a diferença entre nossa auto-imagem e nosso 'eu'. Não temos um portão de acesso ou ponto de partida.
Mas, se pudermos reconhecer apenas alguma pequena diferença entre a nossa auto-imagem e nós mesmos, ou 'eu' ou 'si mesmo', poderemos ver, então, qual é a auto-imagem". "A auto-imagem pode representar uma espécie de fixação. Ela o apanha, e você como que a congela.
Você aceita essa imagem estática, congelada, como um quadro verdadeiro e permanente de si mesmo", explica Peggy Lippit no capítulo sobre Auto-Imagem do livro "Reflexões sobre a mente" organizado por seu mestre Tarthang Tulku (Ed. Cultrix).
Na próxima vez que você se pegar com frases prontas, aproveite para anotá-las! Elas revelam sua auto-imagem e são responsáveis por seus comportamentos repetitivos de auto-sabotagem.
Ao encontrar a auto-imagem que gera sentimentos desagradáveis, temos a oportunidade de purificá-la em vez de apenas nos sentirmos mal. O processo de autoconhecimento poderá então se tornar um jogo divertido e curioso sobre nós mesmos! ( Bel César, terapeuta)


Seja a mudança que você quer ver no mundo”. (Gandhi)


Profª.
  Suel Shákti Luz



terça-feira, fevereiro 21, 2012

A MONTANHA


          “A vida  pode  ser comparada à  conquista de uma montanha. Como na  vida,  ela  possui  altos  e  baixos.
Para ser conquistada deve merecer detalhada observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com sucesso. Todo alpinista sabe que deve  ter  equipamento apropriado.
Quanto mais alta a montanha, maior os cuidados e mais detalhados os preparativos.
No momento da escalada, o iní­cio parece ser fácil. Quanto mais  subimos mais  árduo  vai  se  tornando o caminho. Chegando  a  uma  primeira  etapa, necessitamos de toda a força para prosseguir.
O importante é perseguir o ideal: chegar ao topo.
À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso.
As paisagens se desdobram à vista, mostrando-nos o verde  intenso  das árvores, as rochas pontiagudas  desafiando o céu.
Lá embaixo, as casas dos homens tão pequenas...
Então, dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram superados são do tamanho daquelas casinhas.
         Pode acontecer que um pequeno descuido nos faça perder o equilí­brio e rolamos montanha abaixo. Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos na frincha de uma pedra.
Nesse momento, precisamos  de  um  amigo  para nos auxiliar. Podemos estar   machucados, feridos  a  ponto  de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem e nos cura os ferimentos.
Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada. Os pés e as mãos vão se firmando, a corda  nos prende ao amigo que nos puxa para a subida. Na longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia.
Por vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos  dificuldade  para respirar.
O que nos salva é o equipamento  certo  para  este  momento. Depois  vêem as tempestades de neve, os ventos árticos que são os problemas e as dificuldades que ainda não superamos.
Se escorregarmos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades para parar e voltar de novo.
Se cairmos num  buraco  de  falsidade  de alguém que estava coberto de neve, sabemos a técnica para nos levantar sem torcer o pé e sem machucar quem esteja por perto.
Para a escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.
Não desistir nunca de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem, até chegar ao topo da montanha. Para os alpinistas, os mais altos picos são os que mais os atraem.
Eles desejam alcançar o topo e se esmeram.  Preparam-se durante  meses. Selecionam a equipe, material e depois se dispõem para a grande conquista.
         Todos nós temos um desejo, um sonho, um objetivo, um verdadeiro Everest. E este Everest não tem 8.848 metros de altitude, nem está entre a China e o Nepal, este Everest está dentro de nós.

             É Preciso ir em busca deste Everest, de nossa mais profunda realização”.

   (Texto: Waldemar Nicliewicz – Alpinista Brasileiro enviado por Alfredo Siciliani)





Seja a mudança que você quer ver no mundo”. (Gandhi)



Profª.
  Suel Shákti 

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

TUDO ESTÁ NA SUA MENTE

Sua imaginação é uma poderosa e criativa ferramenta para transformar sua vida.
A imaginação sempre precede a transformação. Toda mudança importante que você fez na sua vida, interior ou exterior, começou com um ato de imaginação.
Imaginação – nossa capacidade de criar imagens não disponíveis para o sistema sensorial é indiscutivelmente o maior dom para a evolução da consciência humana. A fim de transformar a nós mesmos e nosso mundo, precisamos ser capazes de pular fora do familiar e ir para o desconhecido.
O primeiro passo para fazer isso é imaginar o futuro diferente do passado, um sentimento de si mesmo diferente do que temos agora. Claro que somos moldados por nossas Lembranças, nosso Karma e pelos padrões tecidos em nossos neurônios e células. Inegavelmente, também somos influenciados pela cultura e condições físicas. Alguns desses fatores são difíceis de mudar. Mas a imaginação pode nos ajudar a substituir nossos padrões internos, especialmente aqueles que nos mantêm limitados e presos. Se formos capazes de reinventar o sentido de quem somos, podemos mudar nossa experiência de vida.
Yoga é sobretudo o que acontece quando reconhecemos essa verdade. Se você pode imaginar-se, digamos, livre de sofrimento, você já deu o primeiro passo em direção a essa liberdade.
No livro The Biology of Transcendence (sem tradução no Brasil), Joseph Chilton Pearce escreve: “Psicologicamente superior ao comum ‘ver os olhos’, a imaginação vem da mais alta ‘corrente evolutiva’ da visão, e ainda emprega uma forma superior e mais pura da luz. {...} Em vez de os sentidos impactarem a mente com imagens, como quando simplesmente olhamos, por meio da imaginação a mente impacta os sentidos com as imagens”.
O que Pearce quer dizer com “da mais alta corrente evolutiva” é que os subníveis da imaginação se estabelecem relativamente perto da fonte original de criatividade. Essa fonte tem sido descrita de diversas maneiras: como a grande mente, o inconsciente coletivo, o campo de todas as possibilidades, a inteligência divina, o Tao.
Atos da imaginação podem nos conectar com aquele lugar onde os insights e a inspiração chegam espontaneamente, como uma caixinha de idéias, a primeira linha de um poema ou o reconhecimento direto de quem somos além da nossa ordinária autodefinição. A imaginação nos liga a possibilidades infinitas, ao campo do qual todos os genuínos insights criativos surgem.

IMAGINANDO O NOSSO MUNDO

Grandes poetas e pensadores científicos têm descrito o mistério da descoberta do caminho que John Keats fez, quando disse que seus maiores poemas foram “dados a mim” por “um poder como mágica”. Viajantes espirituais têm experiências semelhantes do poder do campo interior. A imaginação é a porta para este campo além da consciência ordinária.
De acordo com o antigo mestre tântrico Abhinavagupta, a imaginação não é apenas poderosa, é o próprio poder. A capacidade humana de imaginar, de acordo com o Tantra, é simplesmente nossa forma individual do poder da consciência infinita. Essa grande mente imagina mundos dentro de si e leva-os para a existência, dizem os sábios tântricos. Nossa imaginação faz a mesma coisa, mas em uma escala menor. O Yoga Vasishtha, um texto-chave do Vedanta, que prefigura a física quântica, descreve o chamado mundo real como uma criação da imaginação, feito de consciência solidificada, ou emergia sutil, que cada um de nós coloca no lugar em que acredita.
O Shiva Sutra afirma consistentemente que um yogi que compreende este princípio e o cultiva pode reorganizar essas partículas da consciência e manifestar qualquer coisa. A maioria de nós, é claro, não está funcionando nem próximo a este nível.
O mais provável é que nossa imaginação opere inconscientemente, com fantasias e construções de pensamentos dispersos. Ao praticar o que chamo de Yoga da imaginação, podemos aprender a utilizar nosso dom divino para a fantasia como uma ferramenta criativa para a transformação.

(Sally Kempton, revista Prana Yoga Journal, fevereiro 2010)

quarta-feira, janeiro 18, 2012

O Tempo


           Atualmente tem se falado tanto de tempo, ou melhor, da falta de tempo. Agendas  atribuladas denunciam que a vida “está corrida”.
Vivemos tempos em que a comunicação por e-mail virou rotina. O Messenger, programa de conversação on-line, agrega uma lista gigantesca de pessoas que ficam chamando enquanto você conversa com alguém e acaba por “se perder” em tanta conversa. Estamos tão próximos e tão distantes, somos tão íntimos e tão estranhos.
Será que os tempos modernos estão atrapalhando a nossa compreensão de que algumas coisas e não todas as coisas podem ser on-line?
Penso que sim, especialmente quando o assunto é dieta. Manchetes de “emagreça rápido e sem esforço” chegam ao nosso imaginário como um bálsamo. Preenchem nossa mente e nos fazem sonhar com essa adorável possibilidade.
Você pode emagrecer rápido, mas vai engordar rápido também.
Sabe aquelas letrinhas minúsculas que aparecem nas grandes promoções e que acessam nossos desejos? O preço é ótimo, mas quando chegamos mais pertinho é o da parcela e não do produto. É isso que acontece com essas promessas de emagrecimento rápido. O juro não vale a pena!
Estamos acostumados com os instantâneos, com os pré-cozidos. Mas esquecemos que essa fórmula não vale para tudo.
A gravidez, o crescimento, a formação, os relacionamentos, são apenas alguns exemplos de que as principais situações da vida mantêm uma relação direta com o tempo. O tempo é uma condição para que aconteçam.
Falar em paciência nos tempos atuais é quase uma heresia, parece até coisa de quem não é pró-ativo. Parece que substituímos a realidade pela ilusão. O real pelo virtual.
Mas a prática denuncia que há alguns problemas. A busca por emagrecimento rápido é um deles.
Plantamos as ações do processo de emagrecimento, mas somente o tempo as fará germinar.
Não perca isso de vista. O seu foco direcionará suas ações. Quando você quer emagrecer rápido, seu foco é a velocidade e não o emagrecimento.
Como disse Clarice Lispector: “Mude, mas comece devagar porque a direção é mais importante que a velocidade”.
A dificuldade de aceitar os limites que o tempo impõe tem sido uma vilã na busca por emagrecimento saudável.
Realizar mudanças é uma tarefa delicada. Os hábitos arraigados levaram tempo para se instalar e obedecerão ao mesmo princípio para serem modificados.
Utilize o bom senso. O sobrepeso tem relação direta com o comportamento alimentar. Você terá que se alimentar por toda a vida, dessa forma a única maneira de manter seu peso estável é equilibrar sua relação com a comida.
Cada pessoa responderá ao processo de emagrecimento de forma singular. Independente do número de quilos que você precisa emagrecer, considere um prazo de seis a doze meses para emagrecer.
Pode ser que você precise de mais ou menos dependendo do número de quilos. Mas como estamos pensando em processo de mudança consistentes no modo de vida, o investimento deve ser a médio a longo prazo.
Inicialmente parece muito, mas lembre-se que você não acumulou peso em poucos meses. Lembre-se também que não é apenas na eliminação dos quilos excedentes que você está investindo, mas principalmente na sustentação do seu peso magro.

VOLTAR A ENGORDAR

Assim como o tempo “leva embora o sobrepeso”, o mesmo tempo pode “trazê-lo de volta”.
Não há certificado de garantia para a magreza, ou para a felicidade. Há apenas o reconhecimento e o comprometimento de fazer e continuar fazendo o que precisa ser feito para desfrutar o que foi conquistado.
Estejamos CONSCIENTES de nosso propósito!
Mudar hábitos basicamente significa sair do automático e operar no manual. Prestar atenção às nossas escolhas. É como dirigir, a experiência não dispensa a atenção.



sexta-feira, novembro 26, 2010

A LAGARTA QUE TEM MEDO DE ALTURA NUNCA VIRA BORBOLETA





Ninguém pode mudar e permanecer o mesmo, ao mesmo tempo...





O primeiro passo para uma transformação verdadeira é estar aberto a ela. Parece óbvio, mas no dia a dia não é tão simples assim. Na maioria das vezes, queremos mudar e, ao mesmo tempo, permanecer os mesmos! Vejo isso diariamente na minha sala de aula. Como acredito que o Yoga que praticamos em cima do nosso tapete é um laboratório para o Yoga que fazemos na vida, vou usar um exemplo bem simples e corriqueiro. Toda vez que vou dar uma aula em que trabalhamos a abertura de quadril, ou a preparação para padmasana, postura de lótus, escuto os mesmos comentários: “Ah, isso acontecerá somente em outra encarnação!”. Ou algo como: “Por favor, me passe outra coisa para fazer, pois isso é impossível com o corpo que tenho”. Ou ainda, quando alguém diz que quer fazer Yoga para aprender a relaxar, mas não tem paciência para fazer savasana, o relaxamento final. Em sua maioria, os comentários precedem qualquer tentativa para se fazer a postura, sendo interessante observar que esses alunos constantemente reclamam de dores exatamente nas partes que estou propondo trabalhar.



Normalmente, nos encontramos presos nesse paradoxo e gostaríamos de mudar, mas a lembrança de quem eu era ontem não permite me entregar à possibilidade de me tornar alguém diferente.



É quase assustador imaginar que eu possa ser e, principalmente, pensar de maneira diferente do que sou e penso neste exato momento. A dificuldade de se entregar à transformação está no fato de que temos de pesar os prós e contras da mudança com a cabeça de quem somos agora. Nós nos deixamos prender pelos condicionamentos e nos tornamos escravos de nossas supostas necessidades. É como alguém que quer fazer terapia pois está insatisfeito com seu trabalho, ou outro porque tem dúvidas se deve se casar com a noiva atual. Ambos desistem de enfrentar uma decisão de mudança antes mesmo de começarem a refletir realmente sobre o assunto. O primeiro tem medo de que a terapia o faça deixar seu trabalho e o outro, de que chegue à conclusão de que gostaria mesmo é de separar da companheira.



O passo inicial para a transformação é a entrega. O desejo sem a ação não nos levará a lugar algum. É preciso confiar no nosso poder interior e não permitir que a pessoa que fomos ontem emperre o nosso futuro.



O que seria da borboleta se a lagarta não quisesse entrar no casulo com medo de ter de aprender a voar?



Namaskar!





(Isabela Fontes, revista Prana Yoga Journal, dez 2009)


terça-feira, novembro 23, 2010

DIETA PAR VIVER FELIZ

A mudança inadiável...




Qualquer tratamento geriátrico propõe uma inteligente disciplina alimentar, pois nossos hábitos alimentares, desde a infância, geralmente pecam, seja por carência de nutrientes, seja por intoxicar o meio interno, seja por agressão ao aparelho digestivo, seja por produzir excitamento, seja pela indigência energética. É por tudo isso que nosso autotreinamento sugere uma nutrição que, em vez de promover doenças, promova saúde; em vez de antecipar ou acelerar a entropia ou degradação do sistema, a retarde e desacelere. O autotreinamento se propõe a evitar que o homem continue usando os dentes para abrir a própria sepultura.

Convido-o a repensar seus velhos hábitos alimentares e, a partir daí, começar as inadiáveis correções. Não resta dúvida de que hábitos alimentares desnaturados, em geral atendendo somente aos caprichos do paladar, nos adoecem, enquanto a nutrição inteligente restaura e preserva a saúde.

Levando em conta que será difícil para você mudar maus hábitos alimentares que o vêm condicionando por dezenas de anos, e simultaneamente aderir aos novos, promotores de vida, tentarei esclarecer os porquês da mudança.

Primeiro tente compreender e depois ponha em prática o que disse Hipócrates, denominado o Pai da Medicina: “Que o alimento seja teu único remédio”.




NUTRIÇÃO HIGEOGÊNICA (HIGEOGÊNICO É TUDO QUE GERA SAÚDE)




Gostaria de poder explicar melhor, mas não tenho como detalhar todos os porquês das diferentes sugestões para uma nutrição desintoxicante, antioxidante e geradora de saúde. Para não ultrapassar os limites deste livro, cabe-nos contentar-nos com indicações sintéticas e gerais sobre o que fazer e o que evitar. Quem quiser saber mais, leia Autoperfeição, com Hatha-Yoga; Paz, amor e saúde; Saúde plena: Yogaterapia e Yoga para nervosos.

Progressivamente adote a alimentação vegetariana. Sem repressão e sem ansiedade, pare de intoxicar-se devorando bicho morto.

Substitua o açúcar refinado por melado, mel, açúcar mascavo ou estévia. Vença a compulsão de comer os tão apetitosos docinhos, refrigerantes industriais, caramelos, sorvetes e tortas. Açúcar gera dependência, igual às outras drogas.

Evite farinhas brancas (macarrão, pão, pizza). Consuma somente cereais integrais (arroz, milho, trigo, aveia).

Aumente o consumo de frutas, legumes, tubérculos, raízes e folhas verdes, que fornecem vitaminas, sais minerais e fibras.

Evite os extremos – comer demais ou escassamente. Nada de usar moderadores de apetite. O autotreinamento que este livro ensina, e você vai praticar, pode lhe assegurar tranqüilidade psicológica e harmonia interior; desta forma, se droga e seus perturbadores efeitos colaterais, o apetite virá a ser moderado e sadio.




(Profº. Hermógenes, Saúde na terceira idade, p.173)






Ao estudar a vida de grandes professores e místicos, um aspecto se ressalta: eles costumam sempre dar orientações quanto à alimentação. Talvez por ser um gesto tão cotidiano e diário, acabamos por nos distrair em relação ao modo de nos alimentarmos. Eles nos propõem a mudança e a transformação, parece que a mudança do hábito alimentar é um caminho importante para a elevação da consciência e, também, cuidado com o corpo. Neste texto, Hermógenes faz esse papel, algumas vezes árduo, de sair da normalidade danosa para uma vida plena e saudável. (Vitor Caruso)

Texto retirado da revista Prana Yoga Journal, outubro 2009)




































terça-feira, dezembro 30, 2008

LANÇAMENTO:::: DESFILE DA COLEÇÃO DÈJÁ VU::::SUEL SHÁKTI


"Coleção Dèjá Vu Excitation Here"




“Eu já tive essa sensação antes...”.


Você já passou por essa situação e pareceu que o tempo tinha congelado? Estranho demais!





Você já viu uma pessoa pela primeira vez e pensou que a conhece de algum lugar?






Ou ao conversar com alguém percebeu que já havia falado exatamente as mesmas palavras anteriormente?




Isso é o Dèjá vu!





A expressão francesa, que significa “já visto” (e também “já senti”) é usada para indicar um fenômeno que acontece no cérebro da maior parte da população mundial.





O termo foi aplicado pela primeira vez por Emile Boirac (1851-1917), um estudioso interessado em fenômenos psicológicos.





Déjà Vu é quando nós vemos ou sentimos algo pela primeira vez e temos a sensação de já ter visto ou experimentado aquela sensação anteriormente, sob o aspecto espiritual e também sob o ângulo da neurologia e da psicologia.






Normalmente, porém, este sentimento está associado à estranheza.





Ou seja, a pessoa vivencia a sensação de algo já ter ocorrido, ou de já ter estado em um determinado lugar, consegue prever o que ocorrerá no roteiro que está experimentando aparentemente pela primeira vez, mas que sente ser familiar...





mesmo que pareça impossível já ter vivido esta experiência anteriormente.





Esse sentir parece não haver tempo nem espaço, é simplesmente aquele momento único, uma grande poesia que nossa alma vivencia, sem saber o porquê.





E, partindo dessa premissa, a Coleção foi elaborada com a proposta de inovar o conceito de corpo versus alma tão discutido na área das atividades físicas.




A maioria dos seres humanos têm uma compreensão de que esse corpo é puramente biológico...


... mas nós, da Equipe da Coleção, temos outra visão:





de que o nosso corpo vai além, ou seja, temos uma cultura corporal que abrange todos nós - corpo matéria, corpo emocional e corpo espiritual, sendo uno, sem fragmentações.





E essa concepção aponta um caminho para uma saúde verdadeira, integral e completa, onde as questões puramente fisiológicas passam a ser mais abrangente, chegando à memória de nossas células.





Então, tal “saúde integral” é uma nova perspectiva de um ser humano unificado, onde o visível (a matéria) e o invisível (mente/alma/espírito) precisam ser entendidos como as mesmas ferramentas para se atingir uma vida feliz com seu corpo, seu templo, a morada de nossa essência.







Dessa maneira, a “Coleção Dèjá Vu Excitation Here” (momento de prazer), chega ao mercado de roupas para práticas corporais com o intuito de evidenciar a individualidade do ser humano, por meio de peças elaboradas sob medida, valorizando cada biotipo, o qual sempre foi imposto pela sociedade, e que o mesmo não corresponde à realidade dos mesmos.








Participe dessa nova proposta da cultura corporal!










segunda-feira, novembro 03, 2008

Novembro!!!!!