A DIGESTÃO É A CHAVE
“Como um carro ou uma empresa, ela representa a otimização do bom desempenho do todo”.
Vamos estudar um pouco sobre a fisiologia do processo digestivo e a otimização desse processo.
Em fisiologia estudamos sempre a digestão como um processo completo, ou seja, como se 100% dos alimentos ingeridos se transformassem em nutrientes e dejetos. Mas, de fato, raramente conseguimos tal otimização da máquina digestiva, muito sensível a uma diversidade de fatores, inclusive emocionais. Falamos sempre em otimização de processos nas empresas, na profissão, mas quase nunca a pessoa se interessa em conhecer seu próprio organismo para saber qual o grau de eficiência de sua digestão e quais implicações isso tem sobre sua vida.
Muitos conhecem bem a otimização do desempenho de um carro, mas não usam o mesmo princípio para si mesmos. Então, vamos utilizar esse exemplo! Para o ótimo funcionamento do motor de um carro, devemos colocar combustível da melhor qualidade. Ele penetra nos pistões, junto com o ar, impulsionado pela bomba injetora. Produz-se uma fagulha que faz a combustão. Isso gera energia e transmite às rodas e o carro se move. O ótimo desempenho seria produzir o máximo de energia com a mínima produção de fumaça pelo cano de escapamento. Quando o motor está “desregulado”, consome muito combustível, produz pouca força e muita fumaça pelo cano de escapamento. Imediatamente levamos a uma oficina porque, em geral, as pessoas não suportam andar com carros “desregulados”.
Transferindo esse exemplo para o caso biológico, o bom desempenho implicaria na boa escolha dos alimentos, o agni sempre funcionando na sua melhor capacidade, adaptando os hábitos alimentares ao estado de agni (o fogo digestivo de cada um) de cada um, a cada momento, e um bom processo de eliminação dos dejetos.
Quando essa relação do processo digestivo não se faz adequadamente, parte do alimento não é completamente digerido e esses restos de alimentos não digeridos vão passar ao intestino, no caso da digestão geral, e por si mesmos ou pela ação dos microorganismos existentes no intestino vão se transformar em substâncias altamente agressivas ao organismo. Essas substâncias são chamadas, em conjunto, ama. Portanto, ama não se refere às toxinas externas, mas às produzidas pelo próprio organismo, pela digestão incompleta dos alimentos. Diariamente o organismo as elimina através das fezes.
(Dr. Ruguê Ribeiro júnior é médico com especialização em Ayurveda).
Profª Suel